Mensagem aos visitantes...

O Autista e a escola.

     Por apresentar déficit no relacionamento interpessoal, a inclusão da criança autista não é algo fácil de ser alcançada. Para fazer com que essa dificuldade se minimize, a escola apresenta-se como aliada nesse processo pois, tanto a de educação especial quanto de ensino regular é considerada peça importante para melhorar as habilidades sociais da criança autista, pois passeios promovidos por ela, trabalhos em conjunto, festas e visitas são oportunidades que encorajam o autista a participar e conviver melhor socialmente.
      Para que o primeiro contato com a escola seja o mais agradável tanto para a criança, quanto para todos os envolvidos, antes de mais nada é necessário que a escola esteja preparada para recebê-la e sua recepção deve ser calorosa e feita por um profissional da qual a criança já tenha vínculo.
       As vezes, de início pode-se haver uma repulsa por parte da criança em continuar frequentando a escola, mas o trabalho deve continuar e de forma intensiva. Para isso, é de extrema importância o auxílio de diversos profissionais para com o professor, pois com um trabalho em conjunto as dificuldades passam a ser divididas e mais fáceis de serem superadas.
       Para que se obtenha meios facilitadores no processo de adaptação e aprendizagem do aluno, é necessário que o professor compreenda-o, que ele consiga localizar seu pontos fortes e identificar seus déficits, pois é ele a pessoa que ficará mais próxima da criança e a relação dos dois deve ser de confiança por parte da mesma. É com base nessa relação que se haverá chances de minimizar o isolamento que a caracteriza e maiores chances de promover novas aprendizagens.

     

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Quer saber mais sobre o Autismo?

Se você se interessa pelo assunto e gostaria de saber um pouco mais...


...aqui vão algumas dicas de Artigos e Livros científicos que falam mais sobre o Autismo e proporcionam uma aprendizagem mais efetiva do tema.


Livros

• Autismo Infantil: fatos e modelos - Marion Leboyer - Editora Papirus;
• Autismo e Outros Atrasos do Desenvolvimento - Gauderer - Editora Revinter;
• Conhecimentos Essenciais para Atender Bem a Criança com Autismo -  Jacy Perissinoto - Editora Pulso;
• Autismo Infantil - José Salomão Schwautzman - Editora Memnon.

Artigos

• A Inclusão de uma criança com autismo na escola regular: desafios e processos - Dayse Carla Genero Serra;
• Autismo e Educação: a Dialética da Inclusão - Sandra Cordeiro de Melo;
• Genética do Autismo - Gianna Carvalheira, Naja Vergani e Décio Brunoni.

Fique Sabendo!!

Você conhece o PECS?

   O PECS é um Sistema de Comunicação por Toca de Figuras, ele foi desenvolvido para ajudar as crianças e adultos autistas e com distúrbios de desenvolvimento, a adquirir suas habilidades de comunicação.
    A sua implementação consiste na aplicação de uma sequência de seis fases, elas seguem da mais simples para as mais complexas.

 Fases do PECS  

• Fase I – Ensina os alunos a iniciarem a comunicação desde o início, por meio da troca de uma figura por um item muito desejado;
• Fase II – Ensina os alunos a serem comunicadores persistentes – ativamente irem à busca de suas figuras e irem até alguém e fazerem uma solicitação;
• Fase III – Ensina os alunos a discriminar figuras e selecionar uma figura que represente um objeto que eles querem;
• Fase IV – Ensina os alunos a usarem uma estrutura na frase para fazer uma solicitação na forma de “Eu quero”;
• Fase V – Ensina os alunos a responderem a pergunta “Oque você quer?”;
•  Fase VI – Ensina os alunos a comentarem sobre coisas no ambiente deles tanto espontaneamente como em resposta a uma pergunta;
•  Expandindo o vocabulário – Ensina os alunos a utilizarem atributos, como cores, formas e tamanhos, dentro das solicitações deles.

Cartões Utilizados

Leia a reportagem de Matheus.

Essa reportagem é uma sequência de entrevistas realizadas sobre as experiências de Matheus na escola.

Na época da reportagem Matheus tinha 14 anos e estudava em uma escola pública regular, desde a 1ª série.

 Revista Nova Escola / Julho de 2009

Matheus aprende as emoções

Matheus já lia, falava, começava a escrever com maior controle do tamanho da letra, mas Hellen percebeu que, durante a leitura ou nas atividades escritas, ele omitia alguns termos - sempre aqueles que remetiam a emoções. Na cantiga Boi da Cara Preta, por exemplo, o menino autista só cantava "pega essa menina que tem... de careta". A palavra medo era descartada do refrão.

"Deduzi que isso só poderia ocorrer, porque ele não entendia o significado dos sentimentos. Também poderia explicar sua dificuldade de saber reagir a algumas situações, uma vez que ficava agitado e agressivo tanto em momentos de alegria quanto de tristeza", lembra a professora.

Para ajudá-lo a conhecer e a lidar com as sensações, a professora decidiu pedir o apoio da turma, o que ampliou a capacidade de todos de expressarem suas emoções. A proposta de Hellen era simples e inusitada: quando alguém estivesse sentindo algo muito forte, positivo ou negativo, deveria se aproximar do Matheus e tentar explicar aquele sentimento.

"Quando uma criança com um caderno impecável recebia o meu carimbo de aprovação, por exemplo, fazia questão de abrir um sorriso para o Matheus e explicar que estava contente", exemplifica.

Assim, Matheus passou a entender as emoções que antes não conseguia expressar. "A idéia de Hellen foi genial e ilustra a importância de se construir na relação social as possibilidades de aprendizagem. Todos os alunos se beneficiaram", afirma a psicopedagoga Daniela Alonso, selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10.

Quer saber mais sobre a história de Matheus acesse: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/experiencia-matheus-aluno-autista-escola-482092.shtml

Um pouco sobre o Método TEACCH

História do Método TEACCH  (Treatmente and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children).

O TEACCH foi desenvolvido no final da década de 60, na divisão de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte nos EUA, passando a ser adotado em 1972 como o primeiro estadual para atender crianças autistas. O método foi idealizado e desenvolvido pelo Dr. Eric Schopler e colaboradores.

O principal objetivo do TEACCH é ajudar as crianças autistas a crescer até um máximo de autonomia na idade adulta. Esse método enfatiza necessidades como, estrutura, sinalização do ambiente, previsibilidade da rotina, visualização das tarefas e comunicação alternativa.

Estruturação da Sala

Mesa de Trabalho 1 a 1:  onde é ensinada as atividades novas. É o momento em que o professor trabalha individualmente com o aluno a tarefa dirigida.

Mesa de trabalho em grupo: é o local onde são realizadas as atividades em grupo, com essa disposição trabalha-se também a socialização.

Área de descanso ou lazer: a cada tarefa finalizada o aluno tem esse espaço para descansar, nesse momento há pouca interferência de profissionais. Nesse espaço o aluno pode optar em ficar com algum objeto ou sem fazer nada.

Conheça os sinais apresentados pelo Autista

Um pouco sobre a história do Autismo

Os primeiros a estudarem o Autismo foram Leo Kanner e Hans Asperger.

Kanner (Psiquiatra Infantil), realizou um estudo com onze crianças com idades variando dos dois aos onze anos, sendo oito meninos e três meninas. Desse estudo, considerou as manifestações como distúrbios autistas de contato afetivo e nomeou o conjunto dos comportamentos como Autismo Infantil Precoce.

Conheça as característica diagnosticadas:

·         tendência para atividades repetitivas;

·         comportamento sistemático;

·          preservação da ordem de objetos e de rotinas;

·          falha em assumir postura antecipatória para ser carregado;

·          inabilidade para usar a linguagem para a comunicação;

·          ecolalia retardada e concretude de expressões;

·          reação de horror diante de barulhos com volume alto;

·          aspecto físico essencialmente normal;

·          isolamento social;

·          inabilidade inata para a forma usual de contato afetivo com as pessoas desde o começo da vida.

Asperger (Pediatra), desenvolveu sua tese na Alemanha em que expôs características semelhantes às descritas por Kanner e o denominou de psicopatia autista.

Conheça as características diagnosticadas:

·         três anos, ou posteriormente, é a idade de manifestação;

·          apresentação de marcha tardia;

·          fala precoce;

·          prejuízo na interação social;

·         limitação de empatia;

·         intenso envolvimento com tópicos específicos de interesse;

·         resistência à mudança.

Você sabe o que estas siglas significam?

*TID: Transtorno Invasivo do Desenvolvimento

*TGD: Transtorno Global do Desenvolvimento ou Transtorno Generalizado do Desenvolvimento 

            *PDD: Pervasive Developmental Disorder (termo em inglês)

 *PDD_NOS: Pervasive Developmental Disorder Not Otherwise Specified

 TID-SOE: Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação

  TEA : Transtorno do Espectro do Autismo :

Autismo

Autismo Atípico

Síndrome de Asperger

Espectro Autístico (diferentes graus de autismo)